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domingo, 8 de agosto de 2010

Livres do cativeiro do medo da morte – John Piper






Esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espirito, que em vós habita Romanos 8.11


Visto que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Hebreus 2.14,15


Jesus chamou Satanás de assassino. "Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade... é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8.44). Mas o maior interesse do diabo não é matar. Ele quer condenar ao inferno. Na verdade, Satanás prefere que seus seguidores tenham aqui vida longa e feliz - para debochar dos santos que sofrem e esconder os horrores do inferno.

Seu poder de condenar os seres humanos não está nele mesmo, mas nos pecados que ele inspira e nas mentiras que ele conta. A única coisa que condena alguém ao inferno é o pecado não perdoado. Maldições, encantamentos, vudu, macumbas, sessões espíritas, magia negra, aparições, vozes - nada disso sozinho lança a pessoa no inferno. São apenas os sinos e apitos do diabo. A única arma letal que Satanás possui é o poder de nos enganar. Sua principal mentira é que a exaltação de si mesmo seja mais desejá¬vel do que a exaltação de Cristo, e o pecado seja preferível à santidade. Se essa arma pudesse ser retirada de sua mão, ele não teria mais o poder da morte eterna.

Cristo veio para isso - tirar a arma da mão de Satanás. Para tanto, Cristo tomou sobre si os nossos pecados e sofreu por eles. Quando isso aconteceu, eles não podiam mais ser usados pelo diabo para nos destruir. Zombar de nós? Sim. Debochar de nós? Sim. Mas nos condenar ao inferno? Não. Cristo veio e levou a maldição em nosso lugar. Por mais que ele tente, Satanás não pode nos destruir. A ira de Deus foi removida. Sua misericórdia é o nosso escudo. E Satanás não obterá sucesso contra nós.

Para realizar essa libertação, Cristo teve de tomar a natureza humana porque, sem ela, ele não poderia experimentar a morte. Só a morte do Filho de Deus poderia destruir aquele que tinha o poder da morte. Assim, a Bíblia diz: "Visto... que os filhos têm participação comum de carne e sangue [tinham uma natureza humana] destes também ele, igualmente, participou [assumiu uma natureza humana] para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo" (Hb 2.14). Quando Cristo morreu pelos pecados, tomou da mão do diabo a única arma que este tinha contra nós: o pecado não perdoado.

Ao fazer isso, era meta de Cristo livrar-nos do medo. Ao morrer ele libertou "... todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida" (Hb 2.14). O medo da morte escraviza. Ele nos faz tímidos e apagados. Jesus morreu para livrar-nos. Quando esse medo da morte é destruído por um ato de amor e sacrifício próprio, é quebrada a escravidão chata e egocêntrica da auto-preservação. Somos livres para amar como Cristo, ainda que ao preço de nossa vida.

O diabo pode até matar nosso corpo, mas não pode mais matar a alma. Ela está segura em Cristo. Mesmo o nosso corpo mortal um dia será ressuscitado. "Esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita" (Rm 8.11). Somos os mais livres dentre os povos. E a Bíblia não deixa dúvidas quanto ao motivo dessa liberdade:"... vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gl 5.13).

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